5 filmes que ainda dá tempo de ver do Oscar

Os Oscar já são dia 27 e pode ser que você não tenha conseguido ver TUDO. Então, aqui vão os 5 filmes que ainda dá tempo de ver do Oscar.

Todos os anos a Academia, formada por profissionais da área de cinema que junta ex-ganhadores e convidados (inclusive, sabia que o Wagner Moura faz parte da Academia?), vota nos filmes que considera ter sido os melhores do ano que passou.

Primeiramente, será possível saber quem vai ganhar se a premiação ainda não aconteceu? Resumindo bem, sim, é.

A resposta longa é que a temporada que acontece antes do Oscar envolve premiações de críticos de cinema e, também, prêmios dados pelos sindicatos (dos atores, diretores, figurinistas, etc.) e juntando tudo fica razoavelmente fácil de dar uns bons chutes a gol.

Se você pensar que mais de 40 filmes foram indicados, somando todas as categorias, pode ser que desanime de tentar acompanhar. Por isso, nesta lista estão 5 filmes com muitas chances de ganharem e ainda dá tempo de você vê-los!

1. Duna (dir. Denis Villeneuve)

Este é o segundo filme feito para adaptar a obra de Frank Herbert, um dos maiores clássicos da ficção científica de todos os tempos, sendo até mesmo inspiração para outras obras que se tornaram gigantes, como Star Wars.

A versão de Villeneuve conta com um elenco estelar, Zendaya (Euphoria), Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome), Jason Momoa (Aquaman), entre outros. E apresenta toda a política do universo e a estética proposta nos livros de Herbert, somando tudo, dá para entender porque está indicado para um total de 10 categorias. Em sua maioria são as “técnicas”, além da indicação a Melhor Filme.

Sendo direta, o filme deve brilhar nas categorias técnicas. Tendo recebido elogios sem fim nos próprios sindicatos e por profissionais pares, é praticamente impossível que saia de mãos abanando.

Por conta dos resultados nos muitos sindicatos, o provável é que leve Melhores Efeitos Visuais, Melhor Cinematografia e Melhor Direção de Arte.

O filme está disponível na HBOMax.

2. A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (dir. Michael Rianda)

Essa vai pegar muita gente de surpresa… Porém, Encanto, da Disney, não vai levar Melhor Animação. Quem leva melhor filme de boneco vai ser A Família Mitchell e A Revolta das Máquinas.

Quem sabe, você me pergunte “Mas ele nem foi indicado ao Globo de Ouro!”. Então, esqueça o Globo de Ouro. A premiação vem há anos passando por polêmica atrás de polêmica. Aliás, a maioria dos estúdios boicotou por completo esse ano. Além de ser a premiação mais preconceituosa, também é a mais claramente “vendida”. Em 2022, apenas 1 dos 5 indicados de animação não eram da Disney.

O filme da Netflix trata de uma família bem esquisita, por isso bem normal, no meio de uma guerra com máquinas sencientes. Roteiro incrível, daqueles de dar muita risada e chorar também.

Além da arte incrível e estilizada, o filme tem representatividade LGBT+, e com o escândalo do CEO da Disney cortar representatividade, neste caso isso pode contar a favor dos Mitchell.

O filme também ganhou os Critic’s Choice Awards (prêmio do sindicato dos críticos de cinema) e o Annie Awards (prêmio dedicado à animação). Logo, deve ser o campeão. Quem ganha os Annies geralmente leva essa categoria.

O filme está disponível na Netflix.

3. King Richard: Criando Campeãs (dir. Reinaldo Marcus Green)

Estrelado por ninguém mais, ninguém menos, que Will Smith (Um Maluco no Pedaço) como protagonista, este filme fala sobre o pai das gigantes do tênis Vênus e Serena Williams e o papel dele na transformação delas nas tenistas mais bem-sucedidas da história.

Apesar de estar indicado para 6 categorias, King Richard: Criando Campeãs deve levar apenas uma: a de Melhor Ator.

Mesmo tendo sido indicado anteriormente duas vezes, por Ali (2002) e À Procura da Felicidade (2007), o queridinho Will Smith verdadeiramente nunca esteve tão próximo de levar a estatueta para casa.

Simplificando, são dois fatores que o apontam como favorito: o gênero da obra e as outras premiações. Sobre o gênero, dos últimos 8 ganhadores na categoria Melhor Ator nos Oscars, SEIS estrelavam em biografias. Simples assim.

A Academia é obcecada por atores “encarnando” personagens reais, como o King Richard. O outro ponto se resume, principalmente, aos SAG. Os SAG são a premiação do sindicato dos atores e, geralmente, quem ganha acaba levando o Oscar. Os atores representam a maioria da Academia.

O filme está disponível na HBOMax.

4. Ataque dos Cães (dir. Jane Campion)

Aqui está o queridinho dos críticos. O filme de Jane Campion é a adaptação de um livro de mesmo nome que trata de personagens em Montana em meio à época do Velho Oeste e que fogem dos esteriótipos associados ao Faroeste.

Além de tratar da questão de isolamento e solidão que são intrínsecos à obra da diretora, o filme conta com Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho) como protagonista.

É o filme com mais indicações do ano, 12 no total, é o filme dirigido por uma mulher com mais indicações para um mesmo prêmio, Jane Campion é também a primeira diretora a ser indicada mais de uma vez a Melhor Diretora.

A Jane levar a estatueta é, inclusive, uma das maiores certezas da noite, não houve UMA só premiação que tivesse a categoria em que ela não tenha levado para casa. No entanto, apesar das muitas indicações, ele deve terminar com o saldo baixo de vitórias.

Principalmente porque o filme a seguir deve levar o prêmio mais importante da noite.

O filme está disponível na Netflix.

5. No Ritmo do Coração (Sian Heder)

Se me perguntarem, hoje ou em qualquer dia, qual filme acredito que mais merece os Oscar, vou dizer No Ritmo do Coração. Ainda bem que não estou sozinha nessa.

O filme, também dirigido por uma mulher, conta a história de uma adolescente ouvinte filha de pais surdos. A história trata do quanto ela se sente responsável por ser a ponte da família com o mundo ouvinte, enquanto busca pela própria individualidade.

Como comentei, Ataque dos Cães é o favorito da crítica disparado, o que não quer dizer muita na categoria de Melhor Filme. Por exemplo, em 2020, Parasita (dir. Bong Joon-Ho) levou o Oscar, porém quem ganhou o Critic’s Choice foi Era uma Vez… em Hollywood (dir. Quentin Tarantino). Será que essa vitória foi uma completa surpresa? Não.

Para saber qual filme será considerado o melhor, a forma quase infalível é descobrir quem levou o SAG de Melhor Elenco. No ano de Parasita foi isso que aconteceu, algo que deve se repetir com No Ritmo do Coração.

A inclusão que essa vitória representa é imensa. Nenhum filme antes foi indicado tendo tantos atores surdos no elenco. Além disso, o ator Troy Kotsur é a segunda pessoa surda a ser indicada por atuação e ele deve ser a segunda pessoa surda a levar a estatueta. Essa é outra aposta certeira, que ele seja eleito o Melhor Ator Coadjuvante.

O filme está disponível na PrimeVideo.

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