Lei da Laqueadura: Mudanças em 2023

O que é a laqueadura e como ela é feita?

A laqueadura é um procedimento cirúrgico de esterilização feminina que tem como objetivo impedir a gravidez de forma permanente.

É uma opção para mulheres que não desejam filhos e que querem evitar métodos contraceptivos como DIU, pílula, etc.

A laqueadura é um procedimento relativamente simples e consiste na interrupção das trompas de Falópio, impedindo que os espermatozoides cheguem ao óvulo.

Após a cirurgia, é normal sentir dor e desconforto, mas estes sintomas costumam desaparecer em poucos dias.

A recuperação completa leva em torno de duas semanas e durante esse período, é importante evitar atividades físicas intensas e relações sexuais.

A laqueadura é um procedimento irreversível, não recomendada para mulheres que ainda desejam ter filhos em algum momento da vida.


O que mudou na lei em 2023?

Primeiramente, na lei antiga, para solicitar o procedimento era necessário a idade mínima de 25 OU ter dois filhos.

Além disso o parceiro tinha que consentir com a cirurgia por escrito, em um documento.

Fazer laqueadura no pós parto também era negado. Com a mudança da lei, é permitido agora fazer no pós parto.
Outra mudança é que agora a idade mínima é de 21 anos, sem mínimo de filhos e o aceite do parceiro não é obrigatório.
Concluindo, é uma vitória enorme para os direitos das mulheres, possibilitando mais controle sobre o próprio corpo.

Depoimento real da laqueadura da N

“Diferente da maior parte das pessoas minha experiência com a solicitação da laqueadura foi muito positiva, eu tinha várias dificuldades em relação ao DIU (fosse exames, fosse adaptação).

E tinha certeza absoluta que dois era meu número ideal de filhos.
Eu já conhecia muito do assunto, inclusive sabia dos trâmites pra realizar mesmo sem filhos.
Quando eu manifestei meu desejo pro ginecologista do posto ele prontamente assinou, disse sorrindo que dois filhos era o suficiente e a cirurgia era ótima.

Falamos um pouco sobre o procedimento e as possíveis mudanças e então eu entregue o papel pra enfermeira chefe do posto, ela me pediu alguns documentos e solicitou vários exames (doenças sexualmente transmissíveis, exames de eletrocardiograma, exames de sangue e papanicolau).


O tempo demorado foi em relação a chegada do resultado, mas entre a minha manifestação e a cirurgia levou um pouco mais de 4 meses.

Depois que os exames chegaram a enfermeira me ligou e disse que eu tinha um atendimento marcado na unidade de planejamento familiar da minha cidade. Cheguei lá cedo e no mesmo dia falei com a assistente social, duas psicólogas, outra enfermeira e o médico cirurgião. Acredito que foi coisa de 2 horas no máximo falando com todos e foram super tranquilos.

A enfermeira me disse que se eu fosse solteira podia solicitar pra um amigo assinar e levar assinado porque eles não iriam checar a veracidade do papel.

O médico explicou que a cirurgia era daqui 15 dias, que era 24 horas de internação, as possíveis mudanças corporais e a presença de acompanhante. Me deixou com uma tonelada de papéis pra entregar no hospital no dia.”

No dia da cirurgia

“Cheguei em jejum, deixei os papéis na recepção ela leu por cima e me pediu pra esperar. (Inclusive esquecemos do meu marido assinar e ninguém conferiu).
Chegou minha vez de operar não tenho problemas com cirurgia e nem medo (tenho duas cesáreas).
Equipe tranquila, puncionado o braço e anestesiada acordei 1 hora e meia depois já operada. 45 minutos depois de acordada fui para o quarto onde meu marido me esperava e no dia seguinte fui embora.
Eu não sinto dores, não sinto incômodos, não me arrependo, e a única coisa que mudou foi meu ciclo menstrual que foi devidamente informado dessa possibilidade nas consultas. Operei 23/08/2022 e recomendo MUITO!”

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