Tem RPG para todos os gostos! Se você gosta de histórias que você ajuda a construir, talvez devesse jogar um RPG.
Em 1974, surgiu o primeiro RPG (roleplaying game) de todos os tempos, o Dungeons & Dragons (D&D). Basicamente, a proposta era você criar um personagem com a ajuda de uma ficha, que contivesse as suas características, forças e fraquezas, de acordo com aquele mundo mágico medieval. Então, chegava a hora de levá-lo por uma história contada por um Mestre.
O formato foi um sucesso que se solidificou nas décadas seguintes. Stranger Things, por exemplo, mostra um pouco da cultura e amizades criadas ao redor do jogo. Surgiram outros tipos de RPG onde o foco era mais ainda na história do que na rolagem de dados e, por fim, acabou tudo sendo expandido para outras mídias.
Dia 24 de fevereiro marca o dia nacional do RPG e talvez seja a hora de você descobrir um pouco mais dos infinitos mundos criados depois e a partir de D&D.
RPG Clássico
Para começar normalmente o começo costuma ser a melhor pedida. Sendo assim, não tem como não falar dos RPGs clássicos primeiro.
Com livros que apresentam o mundo e as regras, fichas criadas para montar seu personagem e tabelas de rolagem de dados. Os RPGs tradicionais costumam depender muito de um Mestre que estude o sistema para que o jogo seja divertido para todos os envolvidos.
Indicação: Tormenta
Criado em 1999, Tormenta é, sem dúvidas, o maior sistema de RPG criado no Brasil. Publicado pela editora Jambô, foi originalmente criado na Revista Dragão, revista especializada no assunto.
Tormenta leva esse nome, pois no mundo em que se passa existem “áreas de tormenta” que são tempestades místicas onde moram demônios e criaturas sinistras de todos os tipos.
O jogo apresenta um mundo que por muitos é visto como muito próximo do D&D, à primeira vista, mas sempre teve uma vantagem: um bom mestre consegue fazer QUALQUER universo ficcional existir em Tormenta. A partir daí, os jogos se divergem para sempre.
No aniversário de 20 anos, os criadores lançaram um financiamento coletivo no Catarse que foi o maior financiamento de um jogo da história da plataforma no Brasil!
RPGs de videogame
Quando os videogames surgiram, e também as programações mais complexas para computadores, fãs de RPG começaram a se questionar se era possível fazer um jogo onde você conduz a história para aparelhos eletrônicos.
Entre personagens altamente customizáveis e aqueles que você tem que aceitar o que chega, a gama de jogos de videogame de RPG é imensa. Logo de cara você pode escolher entre jogos ocidentais e japoneses, já que os estilos são completamente diferentes.
Indicação: Chrono Trigger
Já tendo sido indicado no blog anteriormente, Chrono Trigger é o único jogo possível para ser indicado nessa categoria. Se você nunca jogou um RPG para videogame, comece por esse. Confia.
A história segue Chrono, que está indo para a feira Milenar e lá acaba viajando no tempo para salvar Marle. Ela é uma menina que viajou por conta de um acidente em uma das invenções da melhor amiga do protagonista e ele não pensa duas vezes antes de ir atrás.
Quanto mais ele viaja, mais as coisas se complicam, e ele acaba descobrindo, inclusive, quando o mundo acabará.
Com uma jogabilidade delicinha, Chrono Trigger trabalhou o SNES (SuperNintendo) até onde ele conseguia ir em capacidade de gráficos e em memória para trilha sonora.
MMORPG
Apesar de também ser uma versão para jogos eletrônicos do RPG, o MMORPG merece uma categoria a parte. A sigla significa Massively Multiplayer Online Roleplaying Game, ou seja, um jogo de RPG jogado online por múltiplos jogadores simultaneamente.
Com mundos imensos e histórias com tendência a se tornarem extremamente complexas, que inclusive podem durar décadas. A comunidade criada ao redor desses jogos é imensa. No Brasil, um dos mais populares foi Ragnarok Online.
Indicação: Final Fantasy XIV — A Realm Reborn
Assim que a Square Enix tentou criar o que acreditavam ser o próximo World of Warcraft (WoW), eles criaram o Final Fantasy XIV, mas a coisa não deu muito certo. Depois do lançamento frustrado, e usando WoW como base para usabilidade e jogabilidade, reformularam o jogo. Foi então que surgiu Final Fantasy XIV: A Realm Reborn.
Considerado por muitos críticos a melhor adição à franquia, ele tem a parte dinâmica que atraiu tantos para WoW enquanto mantém o coração e estética de Final Fantasy. Além disso, o jogo é extremamente amigável a jogadores novos enquanto consegue ser interessante para jogadores experientes.
Como é costumeiro em MMORPGs é um jogo de comunidade, mas essa é uma comunidade construída com transparência a partir dos próprios desenvolvedores que conservam essa relação através de conversas francas com os jogadores sobre bugs e expansões.
Além disso, é um jogo onde os jogadores se unem contra um mal maior, fortalecendo esse senso de coletividade.
RPG de tabuleiro
Os jogos modernos de tabuleiro assumem várias formas com regras complicadas ou não, design interessante e dinâmica diversa. Dentre as múltiplas categorias de jogos de tabuleiro, estão jogos colaborativos onde os jogadores jogam em conjunto contra outros jogadores ou o próprio jogo.
Como é de se esperar, nos jogos colaborativos há aqueles em que você não só joga junto como também constroem juntos uma história, esses são os RPG de tabuleiro.
Indicação: Senhor dos Anéis — Jornadas na Terra Média
Com certeza, o universo criado por J.R.R. Tolkien é o universo de fantasia medieval mais popular no mundo, portanto, não é de se estranhar que existam jogos baseados em Senhor dos Anéis.
O jogo Senhor dos Anéis — Jornadas na Terra Média, lançado no Brasil pela Galápagos, é um jogo onde você desenvolve seu personagem conforme enfrenta inimigos e termina desafios. Nele, você pode jogar sozinho ou até em 5 jogadores. Um RPG como qualquer outro, não?
Enquanto normalmente é necessário um Mestre para ajudar a contar a história, esse jogo possui um aplicativo interativo que substitui o mestre humano.
Um problema que pode surgir em RPGs de tabuleiro é as histórias contidas no livro base acabarem e você precisa comprar expansões para poder continuar jogando. Em Senhor dos Anéis — Jornadas na Terra Média, no entanto, você pode rejogar muitas vezes. Inclusive, é considerado o jogo com maior rejogabilidade da categoria.
Bônus: Munchkin
Munchkin é um jogo de cartas lançado em 2001. Apesar de não ser um RPG e sim um jogo de competição, quase um Magic: The Gathering do caos total, Munchkin é um jogo que é melhor apreciado por fãs de RPG.
Inspirado nos RPGs medievais, como o D&D, no jogo você tem que abrir portas e destruir monstros para pegar tesouros. E usar desses tesouros para deixar os coleguinhas para trás. No começo do jogo você escolhe uma raça assim como quem cria uma ficha de personagem e nele há cartas como “A espada que canta e dança” e “Namorada do Mestre” que brincam diretamente com o imaginário dos rpgistas.
Enquanto as outras indicações eram para aqueles que gostariam de conhecer o gênero, Munchkin vai para os experientes que querem poder satirizar o próprio hobby. Hoje, as expansões foram para outros RPGs incluindo uma expansão que brinca com o clássico Call of Cthulhu.
Eu sou muito fã do World of Darkness, principalmente de Changeling: O Sonhar. Qual o seu sistema favorito?
Assista ao vídeo que fizemos sobre Stranger Things e RPG.
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Leia também: 5 Melhores Adaptações de Videogame para outras mídias.
Respostas de 3
AHHHH! Ficou incrível o post! Sou apaixonada por FFXIV e amava D&D <3
Sinto mta vontade de voltar a jogar :3
Eu sonhei que mestrava uma mesa de Changeling com você, o Cali e a Aino